Trabalho Cooperativo na sala: uma aposta da Direção e abraçada pelos professores e alunos

Numa sociedade em que urge a necessidade da tomada de consciência da importância do outro no nosso próprio desenvolvimento e aprendizagem, “a escola deve assumir a responsabilidade de ensinar as competências sociais e proporcionar ocasiões de interação entre pares” (Lopes & Silva, 2008).

Assim sendo, a escola apresenta-se como um interveniente de extrema importância para o desenvolvimento daqueles que serão os cidadãos de amanhã, pois, “enquanto espaço de aprendizagem e formação, tem um papel de particular responsabilidade na valorização dos aspetos sociais da aprendizagem”, pois sermos capazes de aprender a relacionarmo-nos e a cooperar com os outros, aparece cada vez mais como uma das dimensões fundamentais numa sociedade multirracial e multicultural, que oferece o mesmo estatuto a ambos os géneros.

A aprendizagem como um processo social complexo, culturalmente organizado, especificamente humano, universal e necessário ao processo de desenvolvimento. O aluno, em cooperação com os seus colegas e professores, realiza a aprendizagem, colocando os seus conhecimentos em interação com os novos conhecimentos a aprender (aluno criador dos conhecimentos) ” e esta constituía uma ideia audaciosa face às pedagogias mais divulgadas, centradas no professor e na informação por aquele transmitida.

Clarifiquemos, pois, antes de mais, o que se entende por aprendizagem cooperativa.

A aprendizagem cooperativa como o trabalho em grupo que se estrutura cuidadosamente para que todos os alunos interajam, troquem informações e possam ser avaliados de forma individual pelo seu trabalho.

Vantagens: maior produtividade e rendimento dos alunos, o desenvolvimento do pensamento crítico, criativo e da resolução de problemas; a aquisição e utilização de competências cognitivas superiores e de estratégias cognitivas de nível elevado; o desenvolvimento e utilização de uma linguagem correta e mais elaborada nos debates e no intercâmbio de informação entre os grupos e desenvolvimento de competências sociais, que lhes permitem melhor lidar consigo próprio e com os outros.